8) Mapas dos povos tradicionais e vozes da periferia para a Educação: Resultados das linhas de ações científicas e sociais para o Ensino e pesquisa.

Coord. profa. Edenilza Borges ( em parceria com as organizadoras e autoras do coletivo Selo Nossas vozes) faremos apresentação dos trabalhos e abertura da Editora Cartografando Saberes. Além da participação das parcerias diversas que a longo do caminho faremos.

A linha de frente 10 se faz fundamental no fortalecimento do campo da educação comprometida com as escolas da periferia e dos territórios tradicionais por meio dos projetos que cada frente de ação dessa atual gestão se comprometerá. Em especial, avalio importante o exercício de pensar oficinas, cursos, atividades interdisciplinares e publicações de materiais didáticos , sobretudo, no campo da história, da antropologia , da filosofia , do direito e da saúde tradicional em que os povos tradicionais e suas ciências são violentados, saqueados, mitificados, folclorizados e vivendo um passado que pouco o Estado reconhece o patrimônio histórico dos povos, as suas manifestações artísticas tradicionais ou ainda a formação de suas terras tradicionalmente ocupadas buscando investigar suas memórias a partir dos tempos largos que lhes dão mais domínio de entendimento de suas situações e processos históricos territoriais. Não são povos sem passado, em especial, as comunidades indígenas que vivem em contato com outras comunidades e muitos já frequentam a universidade e capazes construir junto com academia uma outra historia , ou melhor, uma outra cartografia e antropologia histórica para universidades, e, também, nas escolas do ensino básico.


[1] De modo similar a presencialidade do passado em que Silvia Cusicanqui localiza na perspectiva entre "memória larga, memória curta" captura a trajetória de lutas anticoloniais do campesinato andino dos anos de 1970 e 1980 em que a memória coletiva alcança o contexto de resistência de Tupac Katari no espaço colonial bolivariano. Logo, a memória oral histórica de luta desses povos não é algo fixo no presente e deve ser feita articulado com as fontes coloniais do passado. Nessa direção que o tempo da Tradição, também, vai no encontro da presencialidade desse passado. Além, de demarcar outros sujeitos que não seja somente o indíviduo, mas as divindades e os seres da natureza de seus territórios ancestrais.